terça-feira, 23 de junho de 2009

considerações sobre uma super-economia no mundo globalizado frente a flexibilidade do capital internacional


Em um mundo com super heróis como nos quadrinhos americanos, os EUA seriam um país de terceiro mundo. É um fato econômico que o capital procura sempre um ambiente estável, regras claras e infra-estrutura. Em um país como os EUA da Marvel e da DC, que tem uma invasão alienígena por mês, trilhões de super-pessoas, organizações não governamentais mágicas, mutantes, paramilitares e sabe deus lá de que mais tipo, não tem como se fazer um investimento estável (e por consequência rentável) no longo prazo, diria até que nem no médio-curto. Grandes empresas fogem da America Latina com medo de mudanças na política econômica, na taxa de juros, de riscos na colheita. Imagine com aspirantes ao poder com super-habilidades? Nem a construção civil teria condições de se manter nos states, porque os prédios não entregues antes de serem demolidos de novo (em média um semestre prum crossover que dê estragos nacionais, uma semana pra Manhattan) perderiam rios de dinheiro. A Alemanha provavelmente seria a ponta do capitalismo. Quem sabe até a America Latina, porque com as preocupações domésticas de defesa os EUA dificilmente teriam recursos pra continuar com o Big Stick. Oito anos de guerra ao terror já deram essa folga pros governos de esquerda chegarem ao poder e a falência da ALCA, imagine combatendo todos aqueles caras de colã (do bem e do mal, já que o governo americano sempre tem tretas com os heróis). Na verdade, com a fuga do grande capital, o governo teria que repassar a carga tributária pros cidadãos comuns, que teriam bem menos chance de investir, o que desaceleraria mais ainda a já debilitada economia, sem contar a fuga de cérebros -já que qualquer um com meio miolo figiria de um país em constante guerra não só com superseres mas também alienígenas- e sem grandes oportunidades de ter um emprego que pagasse muito bem, porque todos esses estariam em outros lugares, junto com as grades empresas. A grande questão que resta é se o próprio mercado não ajustaria esse cenário, já que os próprios super-seres com o tempo também seguiriam o caminho do capital: afinal, alguns deles tem que manter empregos e sustentar famílias, vidas paralelas, o que ficaria progressivamente difícil nos EUA. Mas isso é fácil verificar: é só ver se os heróis mexicanos (e do resto do terceiro mundo) de hoje emigram muito pros states em busca de oportunidades. O padrão provavelmente se repetiria.

3 comentários:

  1. E pelo incrivel que pareça os roteiristas já fizeram isso, leia as edições q estão saindo ultimamente e você vai saber do que estou falando.

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  2. tenho cá minhas dúvidas para outros pontos:

    no Reino do Amanhã mostrou uma sociedade em crises financeiras e problemas em construtoras por conta de acidentes constantes e problemas com "heróis"

    mas fico pensando em uma cidade protegida por um deus, como o super homem, o quanto metrópolois lucra com turismo? A cidade de Superman! Marketing, camisetas, propagandas, instituições financeiras. Assim como a certeza que não importem os riscos ele sempre vence independente do tamanho dos problemas.

    existem junto com isso os multimilhonários do mundo DC e Marvel, onde ter dinheiro significa construir até satélites para vigiar o planeta.

    talvez isso ajudaria a economia desses países.

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