terça-feira, 31 de março de 2009

X-Men

Um minuto de silêncio diante do título, por favor.

...

Obrigado.

Lembro do exato momento que comprei minha primeira X-Men. Estava de férias no Rio, já morava em Brasília, e olhei na banca da Senador Vergueiro. Estava lá a capa do início do Extermínio de Mutantes. 



Lógico que fui influenciado pela porcaria do desenho animado que passava na Globo, hoje é impressionante como torço o nariz para idiotas que compram a mesma revista após verem o filme, mas em minha defesa eu tenho a coleção completa de Gabriel de Góes. 

Passei tardes inteiras lendo tudo que havia passado antes para depois pensar em comprar minha primeira edição. Obviamente não percebi a porcaria de enredo ao gastar uma porcaria de salário e moedas dos lanches comprando essas revistas.




Temos uma ilusão infantil que era da Austrália (Oh, glória) era a melhor de todas, que tínhamos os melhores personagens e tramas. Como podemos ser tão cegos? Acabavam de sair de um captura/massacre e BAM entrava Ninhada, Morlocks, Mojo, futuros alternativos, memórias implantadas um estardalhaço de informações e uniformes coloridos mostrando que as ações vendem mais do que a personalidade dos personagens.



Vamos à idéia inicial desses personagens. Em um mundo que vários heróis uniformizados cruzam pela cidade, combatendo o crime e outros seres superpoderosos, existe um grupo de pessoas que são a evolução da humanidade seres humanos como nós, alguns nem tão parecidos, que possuem poderes e habilidades acima dos humanos normais.


Bom, se esse grupo de pessoas usam uniformes e combatem ameaças, a humanidade poderia apenas aceitar eles como heróis. Mas não! Eles são mutantes, uma raça diferente e excluída da sempre preconceituosa humanidade. Aqui podemos ver um ponto social interessante aplicado pelo velho Stan. Aceite os mutantes como iguais. Esse é o sinal de luta contra o preconceito dos negros (na óbvia referência de Xavier e Magnus nos líderes Martin Luther King e Malcom X) e dos homossexuais (muito bem dito em tom irônico em “X-men 1 – O filme” em uma conversa de Bobby Drake e seus pais). Mas deixando de lado o preconceito, de que eles reclamam mesmo?

Vivem em uma mansão com carros caros, naves, tecnologia de ponta e a maioria não trabalha. Aprendem como usar seus dons a favor da humanidade em combates inúteis contra super vilões (sua maioria mutantes malignos), criando destroços e danos materiais de milhares de dólares ao invés de fazerem algo de útil para realmente ter a humanidade ao seu lado.

Por isso os vilões sempre são os melhores. Magneto sempre quis controlar a humanidade, deixar de joelhos aqueles que ofendem, maltratam, assassinam sua raça em seu ponto de vista superior. Comparações nazistas a parte o homem está certo. Matem todos os malditos humanos e vivam em paz em uma sociedade mutante. Pode ser uma visão egocêntrica e genocída. Mas pelo menos ele a segue.


O que os mutantes de Charles Xavier estão fazendo? Eles possuem um aliado que é o homem mais inteligente do mundo, seu poder mutante é construir qualquer coisa e por que diabos ele só trabalha para o governo como armamentista? Existem uma variedade de telepatas que nunca pensaram em ajudar os deprimidos e neuróticos. Uma mulher que poderia acabar com secas, diversos super-fortes que poderiam operar em destroços, voadores para resgates, teletransporte, intangibilidade, sem contar fatores de cura para teste de doenças.

A humanidade está correta em odiar os mutantes, eles são egoístas e burros. Que morram todos esses fantasiados em seu culto a academia e roupas de colan e couro.

2 comentários:

  1. Opnião controversa a sua meu chapa, estou contigo e não abro, nunca fui fã de "x-men" mesmo.

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  2. caralho, esse eh o blog da iconoclastia. boto feh

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